Por assim dizer


- Menina, menina! Já te avisei, não andes na linha senão qualquer hora dessas um trem te atropela e olha que não vou nem sentir tua falta.
- Se não vais sentir minha falta por que andas na linha à me procurar.
-Larga de ser bobinha, garota! Não ando a te procurar!
-Não? Então o que fazes aqui à essa distância seguindo exatamente os mesmos passos que eu?
-Vim...ah... eu vim me certificar de que o trem vai ter passagem livre por aqui.
-É? E por que tanto interesse nesse trem, caro-senhor-quase-desconhecido?
-Por que uma vez fui atropelado por esse trem.
-Jura? Meu Deus! E quando foi que isso aconteceu?
-Isso aconteceu uns quinze minutos atrás quando ví teu olhar e me senti arrebatado por uma força que me obriga a seguir-te.
-Então não corro esse risco, doce rapaz, não posso sentir-me arrebatada por mim mesma.
-Mas não deixarei que corras o risco de sentir-se arrebatada por ninguém, menina! Ainda não sabes, mas pertencerás a mim!
-De certo estás enganado, doce rapaz. Por algum acaso alguém te disse isso?
-Sim.
-Posso saber quem?
-O brilho dos teus olhos ao perceber que eu estava perto de ti!

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