Covardia


Coragem pra sair, velejar e ter a chance de conhecer novos oceanos! Afinal o que começa bem, não necessariamente termina bem.


Talvez começar algo não seja fácil (realmente não é), mas com certeza é muito mais difícil saber e/ou aceitar o tempo de desistir de algo que você lutou para conseguir.
É mais fácil dizer ”Vamos começar” do que olhar para alguém e simplesmente dizer “Eu estou desistindo de tudo, de nós, de mim e de você, da nossa história...” Às vezes desistir não é um ato de covardia, mas sim um ato de coragem. Será que é justo ter que desistir de um amor, de um amigo ou de uma vida?
Decepção. Talvez alguém não saiba o que se sente quando se é obrigado a ter que desistir de alguém que você ama e mesmo assim o momento do desistir de desistir é forte, persistente, eu fraquejei, doeu. Você nunca aprende até onde deve ir ou o que deve suportar antes de desistir de verdade. Quantas decepções serão aceitáveis? Quantas vezes relevar, perdoar? Desistir de um amor que passou uma grande parte da sua vida com você é como se de repente uma essa grande parte da sua vida não tivesse sentido. Desistir de um amigo torna sua vida inválida, sem brilho, parece até que você não sabe caminhar com as próprias pernas.
Ás vezes nos enganamos, achamos que ainda iremos superar algo e fechamos os olhos para os sentimentos de dor. Caramba! Como dói fingir ser cego, tentar não ver que tal situação está nos consumindo, nos acabando. Mas é tudo culpa do coração. Ele não se importa conosco, por medo de uma tal “solidão” e assim nos submete a situações nas quais os outros parecem ser as únicas pessoas a importar, ele poderia, ao invés de ser covarde, nos incentivar a dizer algo tão fácil:”Eu desisto”.
As pessoas são como fitas de seda, ficam perfeitas se um laço for bem feito, mas se por algum motivo aquele laço não se encaixa bem como antes, vai ser mais difícil desconstruir o laço do que foi constui-lo, a fita vai ficar marcada e vai parecer que nunca vai ficar bonita de novo, mas depois de lavar e secar a fita vai estar exatamente como antes e pronta pra outros laços (só que com uma experiência prévia em laços mal dados!). Eu queria apenas saber qual o momento que uma coisa deixa de nos fazer bem e tomar uma decisão de desistir, de deixar de ser covarde e de não ter medo do novo e desatar os laços que agora tranformaram-se apenas em nó e que nos ancoram à situações desastrosas.
Coragem pra sair, velejar e ter a chance de conhecer novos oceanos!
Afinal o que começa bem, não necessariamente termina bem.

Um comentário:

Vicentina disse...

primeiro comentário :)
primeiro de muitos, minha nova morada.
te amo, PK.